CAPITALISMO E PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
DOI:
https://doi.org/10.22171/rej.v21i33.1963Resumo
O advento da década de 1990 trouxe ao sistema internacional um cenário de mudanças substanciais, as quais se refletiram fundamentalmente na expansão do direito e das organizações internacionais. Nesse panorama, aprofundaram-se as iniciativas de integração regional, cujo vetor prioritário, o econômico, conheceu um desenvolvimento institucional e normativo inédito. É, no entanto, nos anos 2000, no ápice desse período, que a experiência mais desenvolvida nesses moldes de integração, a União Europeia, entrará em uma espiral de crise sem precedentes. A explicação da contradição entre o aprofundamento formal e o ocaso econômico passará por uma visão materialista das relações internacionais, a qual focará na forma política internacional como elemento nodal para extrapolar a aparência e desnudar os recônditos da essência desse fenômeno social. Por isso, buscar-se-á nas raízes da consolidação do projeto comunitário pós-Maastricht, dentro da nova face do capitalismo, o pós-fordista, a elucidação das fraturas da integração regional em meio ao sistema internacional. É justamente o avanço na arquitetura formal capitalista que gesta a crise das experiências integracionistas mais desenvolvidas, como se comprova na mirada crítica sobre o arranjo comunitário.