A AUSÊNCIA DE TIPIFICAÇAO DOS CRIMES PRATICADOS POR GRUPOS DE EXTERMINIO OU MILICIAS PRIVADA INTRODUZIDOS PELA LEI 12.720/12 E SUA CONSEQUENTE INEFICÁCIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22171/rej.v19i30.1654

Resumo

Este artigo pretende problematizar a aplicabilidade da  Lei nº 12.720 / 2012 que tipificou os crimes praticados por organizações criminosas, e alterou diversas diplomas legais  ( como o Código de Processo Penal e o Código Penal) criando alguns dispositivos que já geram acirrada controvérsia em que não deve demorar a ser alvo de ações de inconstitucionalidade, em particular a caracterização das milícias, conhecidas como a Constituição da milícia privada e previstas no artigo 288 do Código Penal. Esta lei sofreu várias críticas porque não define o que seria organização paramilitar, milícia privada ou particular, grupo ou esquadrão e da morte e, além disso, não conseguiu trazer o número mínimo necessário de agentes para caracterizar tais organizações, o que poderá acarretar sua inaplicabilidade. A ausência de tipo penal específico somada aos princípios norteadores do direito público em geral, de do direito penal em particular, não só podem inviabilizar a efetiva aplicação da lei em tela.

Palavras-chave: Milícia privada. Grupos de Extermínio. Eficácia  Lei nº 12.720/2012. Artigo 288-A do Código Penal.

Biografia do Autor

Marcia Arnaud Antunes, pucsp fdsbc

Possui mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). Atualmente é professor titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e Assistente Mestre da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Teoria Geral do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: direito social, modelo positivista, criança, legitimidade e direitos humanos e Ciência Política e Teoria Geral do Estado. 

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Publicado

2017-02-02

Como Citar

ANTUNES, M. A.; SARAIVA, D. S. A AUSÊNCIA DE TIPIFICAÇAO DOS CRIMES PRATICADOS POR GRUPOS DE EXTERMINIO OU MILICIAS PRIVADA INTRODUZIDOS PELA LEI 12.720/12 E SUA CONSEQUENTE INEFICÁCIA. Revista de Estudos Jurídicos da UNESP, Franca, v. 19, n. 30, 2017. DOI: 10.22171/rej.v19i30.1654. Disponível em: https://periodicos.franca.unesp.br/index.php/estudosjuridicosunesp/article/view/1654. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Tutela e Efetividade dos Direitos da Cidadania