“LA BARBARIDAD NO ES TANTA”
Etnografia e Discursos de Racialização dos "Tártaros" pelo Jesuíta Martino Martini (1655)
DOI:
https://doi.org/10.18223/hiscult.v13i2.4522Resumo
O presente artigo consiste em uma discussão sobre os discursos de racialização dos povos “tártaros” no século XVII a partir do Novus Atlas Sinensis (1655), ou Novo Atlas Sínico, confeccionado pelo jesuíta Martino Martini. Por meio de uma análise das descrições etnográficas presentes no atlas, que detalham costumes e fenótipos de diferentes sociedades do Leste Asiático, apontamos as tentativas do autor em minimizar a barbárie e a violência atribuídas a grupos vindos da Manchúria, que, à época, haviam invadido a China e estabelecido a dinastia Qing. Propomos que Martini efetuou um processo de racialização dos manchus – chamados “tártaros” –, tendo como base critérios geográficos, culturais e ambientais que demonstram a maleabilidade e heterogeneidade intrínsecas às narrativas de categorização de populações humanas antes do surgimento da ideia “moderna” de raça.
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