O país ignoto de São Saruê lido como terra a ser revelada pelo cinema documentário (1970) * The unknown country of São Saruê interpreted as land to be revealed by the documentary film (1970)
DOI:
https://doi.org/10.18223/hiscult.v7i2.2693Resumo
Nesse artigo eu me proponho à análise da apropriação feita por Geraldo Sarno do tema do “isolat do sertão” presente na obra Euclides da Cunha, um dos intérpretes do Brasil de quem o cineasta se valeu para a elaboração da sua “estética cinematográfica” (1966-1969). De modo a aproximar Euclides de Sarno, dois expoentes de gerações bastante distintas de intelectuais brasileiros, examinarei o filme Jornal do sertão à luz do esquema proposto por Luiz Costa Lima para a sua análise da composição de Os sertões. Desta forma, ao longo deste estudo, pretendo sustentar ser um dos fundamentos dessa proposta particular de cinema a afirmação do documentário, na medida do seu alinhamento com as ciências, como forma privilegiada que poderia ser mobilizada para o conhecimento e registro de manifestações culturais “autenticamente brasileiras”.
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This article aims to examine the reinterpretation made by Geraldo Sarno of Euclides da Cunha`s work, one of the interpreters of Brazil mobilized by the film-maker for the elaboration of his own "cinematographic aesthetics" (1966 -1969). The main theme analyzed will be the “isolation of the sertão”. In order to approach Euclides de Sarno, two exponents of quite different generations of Brazilian intellectuals, I will examine the film Jornal do sertão by the scheme proposed by Luiz Costa Lima for his analysis of the composition of Os sertões. Thus, throughout this study, I intend to assert that one of the foundations of this particular film proposal is the affirmation of the documentary, allied to the sciences, as a privileged form that could be mobilized for the knowledge and registration of "authentically Brazilian" cultural manifestations.
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