A VIOLÊNCIA DO ESTADO NEOLIBERAL: AS MULHERES CUIDADORAS DE PESSOAS IDOSAS
Abstract
Este artigo oferece elementos para analisar as violências do Estado Neoliberal sobre a condição sociolaboral da mulher que assume a atribuição de cuidadora de pessoas idosas ou auxilia pais, mães, companheiros, entre outros parentes idosos. No Brasil, país periférico e dependente, a realidade concreta é a expressão das violências, principalmente estrutural, devido ao “devastador” sistema capitalista. As mulheres cuidadoras de pessoas idosas têm seus direitos violados a favor da moral familiarista e patriarcal que lhes impõe a responsabilidade dos “cuidados”. Ao considerar as interseccionalidades de gênero, raça, classe, território e geração, este estudo evidencia que os cuidados são fundamentais para (re)produção da vida, onde são transferidos ao espaço doméstico sem qualquer aporte do Estado neoliberal que, ao reduzir a proteção social, intensifica a lógica perversa de “acumulação” por meio da intensa exploração da força de trabalho feminina. Em linhas gerais, faz-se necessário “romper” com as múltiplas violências silenciadas e impostas às mulheres e tornar esse direito aos cuidados um direito social compartilhado durante o processo de envelhecimento.
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