A decadência do coronelismo em Ilhéus: Uma análise política, social e de gênero em Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado
Palavras-chave:
Jorge Amado; Coronelismo; Gabriela, Cravo e Canela; História; Literatura.Resumo
O presente artigo analisa o coronelismo retratado no romance literário, Gabriela, Cravo e Canela, escrito por Jorge Amado e publicado em 1958. Entendemos coronelismo enquanto um sistema social brasileiro, tendo seu fim reconhecido na década de 1930. Na República, o coronel adquire papel político, como intermediário entre uma população e o governo. Como análise, identificamos o coronelismo na ficção do escritor em três segmentos: político, social e de gênero. Desta forma, buscamos analisar por meio do texto de Amado, as nuances envolvidas nas relações dos coronéis com a sociedade local e entre a família. O escritor retrata Ilheus imersa na Belle Époque, onde os sentidos de civilização e poder e influência desses coronéis entra em declínio. Se a Ilhéus dos coronéis irradia modernidade, Amado pontua qe as mudanças sociais não seguem o mesmo ritmo. Essa investigação perpassa pelo estudo do uso da literatura como fonte histórica e da representação enquanto metodologia abordada por Roger Chartier.