ENTRELAÇANDO CONHECIMENTOS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE = ENTRELAÇANT CONNAISSANCES DANS LA FORMATION EN SANTÉ
Resumo
Na universidade observa-se a super especialização do saber e a negação da inteireza humana promovendo uma “cegueira” intelectual por não se conseguir o diálogo entre conhecimentos, tampouco compreendê-los. Objetiva-se refletir sobre os desafios da Universidade, na contemporaneidade, na conexão do pensar/fazer a formação em saúde com os princípios norteadores do pensamento complexo. Utilizou-se como aporte teórico Morin, Almeida, Merhy e outros autores para tecer a reflexão. Nas leituras percebe-se que o papel da Universidade vai além de formar profissionais com capacidades técnicas para atender demandas do mercado de trabalho, principalmente na formação em saúde, ainda fortemente arraigada ao paradigma cartesiano. Neste sentido, a presença do modelo hegemônico pode indicar mudanças necessárias, uma vez que temos como necessidade humanizar o atendimento, a promoção da saúde com o olhar numa perspectiva integral do ser humano. Sendo assim, a proposta que apresentamos configura-se como possibilidade de re-pensar a formação nos cursos de graduação em saúde.
Palavras-chave: Universidade. formação. saúde. pensamento complexo.
RÉSUMÉ
A l'université, on observe que la super-spécialisation de la connaissance et le déni de la plénitude humaine impliquent une "cécité" intelectuelle, car il n’y a pas de dialogue intellectuel entre les connaissances. Cet article vise à réfléchir sur les défis de l'université contemporaine, en discutant la connexion du penser/faire pour la formation en santé avec les principes directeurs de la “pensée complexe”. On utilise comme théoriciens les ouvrages de Morin, Almeida, Merhy et d'autres auteurs. Dans les lectures, il est clair que le rôle de l'université va au-delà de la formation des professionnels avec des capacites techniques pour répondre aux exigences du marché du travail, en particulier dans l'éducation de la santé, encore fortement ancrées dans le paradigme cartésien. En ce sens, la présence du modèle hégémonique peut indiquer les changements nécessaires, car nous avons besoin d'humaniser les soins, la promotion de la santé dans une perspective oeil humain intégral. Ainsi, la proposition que nous présentons permet la possibilité de repenser la formation des étudiants du premier cycle em santé.
Mots clés: Université. formation. santé. pensée complexe.