G. SAND/LÉLIA E SEUS MITOS DON JUAN/LILITH DE EXPRESSÃO SADEANA = G. SAND/LÉLIA ET SÉS MYTHES DON JUAN/LILITH DE EXPRESSION SADEANNE
Resumo
Neste artigo, conquanto tenha sido motivado para comemorar os 200 anos do nascimento da cidadã francesa Lucile Aurore Dupin (Paris, 1º de Julho de 1804 — Nohant, 8 de Junho de 1876), “morada” de George Sand, “escritor-artista”, cujo codinome a indicar ser do gênero ‘masculino’ já está a nos dizer que a cidadã Lucile (lúcida) não está a se esconder por pertencer ao gênero feminino mas, escolhe/decide (o disfarce/ o travestimento) assumir-se homem nominado/nomeado, suficiente para “as portas” abrirem-se ao recém-nascido George. Como cidadã, Aurore “Sand” passa a denunciar desde a moda consagrada para os guardarroupas femininos (verdadeiras “armaduras medievais” a lhes tolherem os movimentos mais necessários a todo e qualquer ser humano, particularmente os exclusivos à mulher) até o absoluto confinamento imposto ao gênero feminino – “este ser de segunda ordem” – “... criado de uma costela de Adão”, o originário. O “barro” que molda a forma primária de Adão é justa, vale dizer, bastante! Não sobra! Eva, então, nasce miticamente de uma única costela de Adão! O primeiro romance de George Sand, Lélia, é fatura de um escritor artista que escolhe, portanto, travestir-se de ‘homem’ e terá justificativa definitiva para postura estética tão radical um século depois(no século XX), através de um dos belíssimos poemas do escritor artista português, Fernando Pessoa (ortônimo), que dele cito tão somente o início de seu primeiro verso absolutamente conhecido: O poeta é um fingidor.
Palavras-chave: escritor artista. mito. gênero.
RÉSUMÉ: Cet article a été produit pour rendre hommage aux 200 ans de la naissance de cette citoyenne française Lucile Aurore Dupin (née à Paris, le 1er Juillet 1804 et décedée le 8 Juin 1876 à Nohant) qui a choisi, devenir être le “foyer/ l’intimité protegée” d’un “écrivain artiste” nommé George Sand, (déjà adulte et conscient, alors, des devoirs et des droits à chaque être humain qui se reconnaît citoyen). George Sand à travers “l’ écriture artiste” voudrait mettre en crise “le monde archétype”, c’est-à-dire mettre en discussion, à partir de “son” monde, ce monde dit humain, irremédiablement humain qui, selon sa Genèse, n’a qu’un seul Genre - Humain, quoique se présente dès son origine comme manifestation sociopolitique dominante l’une seule de ses formes multiples – le masculin. Alors, la citoyenne Aurore Dupin décide de participer à travailler pour la société humaine de son époque, en partageant son existence avec un “double”, nommé George Sand. Ainsi, la femme et son double se mettent à défendre le Genre contre la domination d’un seul genre : le masculin ! Finalement, la citoyenne Aurore Dupin et son double George Sand(“écrivain artiste” né problablement en 1832) défendent chaqu’un à sa manière un seul et même principe humaniste, La Déclaration des Droits de L’Homme, établie officiellement dès le 26/08/1789, et en particulier son Article Premier: Les Hommes naissent et demeurent libres et égaux en droits!
Keywords: écrivain artiste. mythe. genre.