O CAPITALISMO PERVERSO E AS MAZELAS NAS DIFERENTES ESFERAS DA VIDA DE MULHERES NEGRAS IDOSAS
Abstract
Este artigo analisa criticamente as implicações do capitalismo sobre o envelhecimento de mulheres negras idosas no Brasil, destacando como a interseção entre classe, raça, gênero e geração aprofunda suas vulnerabilidades. A partir do materialismo histórico-dialético e de uma abordagem bibliográfica, o estudo demonstra que o racismo estrutural e o patriarcado, em articulação com a lógica da acumulação capitalista, condicionam as trajetórias dessas mulheres. Evidencia-se que a superexploração do trabalho e a ausência de políticas de reparação histórica resultam em precariedade material e exclusão social na velhice. Argumenta-se que a naturalização do envelhecimento e o universalismo abstrato das políticas públicas mascam as desigualdades acumuladas, limitando o direito de envelhecer com dignidade. Reafirma-se a urgência de políticas sociais universais e interseccionais que reconheçam a velhice das mulheres negras como uma expressão da questão social e que assegurem sua plena cidadania.
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