Ensaios de História

REFLETINDO SOBRE PATRIMÔNIO, CULTURA E MEMÓRIA:

Camila Alves — 2024-08-01

No presente artigo, promoveremos uma reflexão teórica das diversas interfaces de patrimônio histórico e/ou cultural e suas relações com memória, identidade e pertencimento. Buscaremos conceituar esses objetos e entender como estes são expressos nas tentativas contemporâneas de valorização do espaço social e, principalmente, valorização do patrimônio histórico cultural. A partir dessas disposições, pretendemos identificar qual a importância da Educação Patrimonial na criação e promoção de identidades locais e nacionais e no reavivamento da memória.

OS DESAFIOS DA TRANSFORMAÇÃO DA LEI EM REALIDADE:

Júlia Camargos — 2024-08-01

O presente artigo tem como objetivo analisar a conjuntura da educação no Brasil, tendo como trabalho norteador a coletânea organizada por Oliveira (2007) e Adrião (2007) Organização do ensino no Brasil: níveis e modalidades na Constituição Federal e na LDB, sobretudo o capítulo de Pinto (2007) O ensino médio, uma vez que este se trata do principal delineamento desta análise. Além de estabelecer um breve retrospecto histórico da trajetória educacional no Brasil, propõe-se fazer um quadro comparativo ao dos dados quantitativos levantados por José Marcelino de Rezende Pinto em 2007, atualizando, assim, os dados acerca da remuneração média do docente, da média de alunos por turma por região, da taxa distorção idade-série por região, e da evolução das matrículas no ensino médio por dependência administrativa, utilizando como principal fonte o Censo Escolar de 2022 realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Conclui-se que o texto de Pinto (2007), apesar desatualizado, ainda sim traz um bom direcionamento para estudos quantitativos e qualitativos do cenário educacional brasileiro.

Apresentação

Profa. Dra. Márcia Pereira da Silva — 2024-08-01

Oppenheimer:

Gabriel Batista — 2024-08-01

Oppenheimer, um dos grandes sucessos de 2023, ganhou muita notoriedade por ser uma obra completa. Contudo, é impossível não perceber inconsistências em sua narrativa. Será mesmo que essa obra é tudo isso do que estão falando ou ela é apenas uma propaganda americana Superestimada?!

Um “cadáver para sobreviver” às vontades:

Marieli de Souza — 2024-08-01

A presente resenha apresenta uma análise filosófica do filme “Um cadáver para sobreviver” de Dan Kwan e Daniel Scheinert. Baseando-se na cenografia e no roteiro da trama, tais como o pessimismo e a solidão do protagonista a discussão utiliza ideias do filósofo Arthur Schopenhauer como fonte de juízo para desvendar e esclarecer o enredo do longa. Por intermédio de uma pesquisa documental, desenvolvida por consulta audiovisual, de artigos e livros o trabalho aponta uma perspectiva pessimista e psicologicamente instável encontrada na indústria cinematográfica com o filme “Um cadáver para sobreviver”.

Resenha Crítica - Mulheres do mundo Atlântico:

beatriz henriques — 2024-08-01

Resenha Crítica - GARCIA, E. F.; SANTOS, G. S. (Org.) . Mulheres do mundo Atlântico: gênero e condição feminina da época moderna à contemporaneidade. 1. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2020. v. 1. 178p .

Relatos do Mundo e a Reconstrução dos EUA pós-Trump

Marcos Sorrilha Pinheiro — 2024-08-01

Este artigo analisa o filme Relatos do Mundo, dirigido por Peter Greengrass e estrelado por Tom Hanks, como uma metáfora para os desafios contemporâneos enfrentados pelos Estados Unidos no período pós-eleição de Donald Trump. Lançado durante a pandemia de Covid-19, o filme é situado no Texas, em 1870, e segue Jefferson Kyle Kidd, um ex-capitão Confederado que se torna um leitor itinerante de notícias. Ao viajar pelo Texas, Kidd se depara com Johanna, uma menina órfã, e sua jornada reflete as divisões ideológicas e as tensões sociais persistentes na América. O filme contextualiza essas experiências no período da Reconstrução do Sul pós-Guerra Civil, ecoando a era Trump, marcada por uma direita radicalizada e um clima de desinformação. Analisando a narrativa do filme e as políticas históricas, este artigo explora como Relatos do Mundo aborda temas como fake news e a construção de realidades alternativas, destacando a necessidade de enfrentar as divisões raciais e sociais para promover a reconciliação e a compreensão mútua.

O CINEMA E HISTÓRIA:

Juliana Oliveira Bispo — 2024-08-01

A relação entre história e cinema tem se estreitado significativamente nos últimos anos graças a abertura da historiografia ao universo cinematográfico como objeto de pesquisa. Dessa forma, o cinema, sobretudo compreendido enquanto veículo de controle de informações e memória, passa a ser uma possibilidade de corpus documental para o trabalho do historiador, uma vez que o seu uso tornou-se cada vez mais acessível a partir dos novos domínios e ampliação da História Nova. Portanto, o artigo debruça-se na interpretação e análise das fontes fílmicas “O Nascimento de uma Nação” (GRIFFITH, 1915) e “Dentro de Nossos Portões” (MICHEAUX, 1920), a partir da obra do historiador francês Marc Ferro, pioneiro no uso das imagens cinematográficas como fonte histórica. Além disso, o presente trabalho está atento ao uso de bibliografia especializada sobre a temática. Ademais, tem-se como propósito apresentar ao leitor a associação da produção “Dentro de Nossos Portões” como uma resposta cinematográfica ao filme “O Nascimento de Uma Nação” (1915) – longa-metragem que enfatizou ideais da narrativa histórica norte-americana cúmplices de um discurso supremacista branco utilizado como justificativa para a segregação racial no país.

“David Griffith’s Masterpiece” e a National Association for the Advancement of Colored People (NAACP):

Larieli Ceron de Lima — 2024-08-01

O presente trabalho tem por cenário o contexto político de segregação racial do início do século XX nos Estados Unidos, período do lançamento de uma das principais obras do cinema clássico “O Nascimento de Uma Nação” de David Griffith. Tem por objetivo identificar o impacto do longa, sua consonância com ideais racistas perpetrados no contexto e analisar a recepção da população afro-americana e suas mobilizações sobretudo a partir das ações daquela que se identifica como uma das principais associações da população negra no período: a National Association for the Advancement of Colored People (NAACP). Parte assim da identificação de uma disputa entre estes dois personagens pela narrativa histórica da Guerra Civil e do Período de Reconstrução e de construção e consolidação de identidades em um momento histórico que tem por pano de fundo a alta de linchamento e violência contra a população afro-americana e elaboração do arcabouço teórico de movimentos negros sobre os direitos civis.

MASCULINIDADE NEGRA:

Paloma Caroline Catelan — 2024-08-01

O objetivo deste artigo é buscar entender como, em duas obras homônimas, nomeadamente O Nascimento de uma Nação, produzidas em um intervalo de cem anos, a construção e idealização do homem negro passou a ser vista e retratada não apenas pelos diretores dos longas, mas, sobretudo, pela sociedade estadunidense. Se a primeira obra é conhecida por seu caráter racista e brutal, por sua vez, a segunda tenta traçar um homem negro inteligente, guerreiro e, principalmente, protagonista de sua própria história. Busca-se, especificamente, compreender, em que medida, essa idealização foi construída, quais as circunstâncias, os avanços e, acima de tudo, quais os caminhos para que se pudesse garantir uma determinada igualdade entre homens negros e brancos dentro da construção fílmica referida, recorrendo à teórica e feminista Bell Hooks.

O retrato das relações afetivas e sexuais da década de 1970:

Lais Fernanda Silva — 2024-08-01

O presente ensaio analisa o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976), dirigido por Bruno Barreto, como um reflexo das transformações sociais e interpessoais durante a Ditadura Militar no Brasil. Explorando as representações afetivas e a recepção crítica do filme, investigamos como a expressão cinematográfica interage com a leitura histórica. Ademais, pauta-se a discussão do papel cultural do cinema como meio de fundar e constituir a memória coletiva, bem como a interpretação de narrativas como essa através da vivência nacional no período ditatorial. A introdução do cinema enquanto fundamento histórico amplia o objeto de pesquisa de uma época e possibilita a revisão das ideias vigentes e o questionamento do status quo; a compreensão da arte, nesse sentido, configura a compreensão da história em si.

O CINEMA DE WONG KAR-WAI:

Paulo Henrique Illesca Da Costa — 2024-08-01

Este artigo tem como objetivo analisar a maneira como o Diretor Wong Kar-Wai aborda em algumas de suas obras cinematográficas diversos dos principais aspectos temáticos relacionados ao período histórico de Hong-Kong antes de sua devolução. Dessa maneira, em um primeiro momento será analisado o contexto histórico de Hong-Kong e o papel do Cinema no País. Posteriormente serão analisadas as principais obras do diretor nesse período e suas temáticas e inspirações por meio de análises de críticos e acadêmicos.

Da sombra aos Holofotes:

Maria Linda Ferracioli Flora — 2024-08-01

Esse artigo tem como objetivo analisar o apagamento histórico das mulheres cineastas que desempenharam papéis significativos na história do cinema. Ele busca explorar as narrativas e contribuições das pioneiras do cinema até as mulheres que estão moldando a indústria cinematográfica contemporânea, oferecendo uma visão mais abrangente, realista e inclusiva da evolução da arte cinematográfica.